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sábado, 25 de dezembro de 2010

Paris vista por nós

Como prometi, aqui estão as fotos das baladas que fizemos por Paris. Acho que as imagens falam por si mesmas...
Um bom Natal à todos!


Jardim de Tuileries


 
Iluminaçao de natal das Galerias Lafayette


Vitrines de Natal das galerias


Escadarias de Montmartre 


Basilica do Sacré-Coeur em Montmartre (meu lugar preferido)


Basilica vista das escadarias


Torre Eiffel 


Vista para a Ponte Alexandre III 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Correria correria...

Gente, estou sem tempo de atualizar o blog.
Motivo: mudança.
Logo logo estou de volta com novidades.
Beijos e otimo FDS!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A quebra do silêncio...

Pois é gente, sumi. Foram 4 meses sem escrever uma linha sequer por aqui...
Me fazia falta escrever no blog, mas ao mesmo tempo me faltava a famosa inspiração, que foi completamente, insistentemente, exaustivamente usada no meu mémoire. Oufaaa (só de lembrar já me cansa).
Confesso que fiz planos para depois que terminasse a dissertação, dizendo para mim mesma que ia escrever um post por dia, repetindo que não via a hora de estar livre para poder dar asas à minha imaginação... e blá blá blá...
Mas a sensação que tinha era como se estivessem me esvaziado completamente, e eu precisava de um tempo. Então, me “agarrei” à este tempo (que durou bastante, eu sei!), onde o silêncio se fazia mais forte e me convidava a ficar calada.

Nesse meio tempo muitas coisas aconteceram, foram 4 meses bem movimentados. Consegui defender com sucesso meu mémoire, algo que sinceramente achava improvável visto a dificuldade que tive ano passado. Este ano já estava preparada para as criticas negativas, para o jeito duro do sistema aqui, que prefere enfatizar só os defeitos, excluindo as qualidades. No entanto, foi diferente. E para minha grande alegria as criticas vieram, mas foram feitas de forma construtiva, me levando a ter fé no meu potencial e me trazendo a certeza que horas, dias, meses, anos de estudos, valeram a pena! Ah e como valeram!

Bom, logo depois da defesa me casei, sim me casei !!! Olha só, pra quem dizia que nunca ia se casar né mãe…rs



Foi no dia 9 de outubro, e foi emocionante. Simples do jeito que queríamos e a nossa imagem. Imaginem que em vez de dançarmos a clássica valsa dos casamentos, dançamos o forro, quer mais provas da singularidade deste casamento ?

Depois disso, viajamos durante 10 dias ao Egito, um lugar maravilhoso e riquíssimo em historia e cultura (depois faço um post sobre a viagem, por enquanto deixo uma foto da viagem).



Mas a volta foi dura, quer dizer, o que foi difícil de encarar mesmo foi a diferença de temperatura, pois passar de 40 para 10 graus não foi tarefa fácil não!

Agora estamos na correria preparando o retorno definitivo ao Brasil, mas ainda nada de data certa, visto que tudo atrasa, e a volta vai sendo adiada. Enquanto o dia da volta não vem, aproveito para fazer os passeios  que nunca fiz (moro aqui há 4 anos e me dei conta que não conheço muita coisa, que vergonha!!! rs), então estamos aproveitando para visitar tudooo que pudermos. Inclusive, nosso hob ultimamente é fazer fotos da cidade (esta da entrada do blog, em cima, foi o marido que fez), profissional não ? Assim, resolvi mudar a cara do blog um pouco, pois não gostava muito da foto anterior.

Depois mostro pra vocês as fotos que estamos fazendo, quer dizer, mais ele que eu né? Peraí, não é bem assim! na verdade somos uma equipe sabe? Eu entro com o “olho” e ele com a técnica :-) hehe
Muito bom estar de volta!
Bjos

terça-feira, 20 de julho de 2010

Saudades...

Que saudade danada que bateu hoje...
Poxa chegou a doer e fazer mal. Dizem que tudo que é bom dura pouco.
Sim passou rapido o tempo em Assis, alias ele passou voando e atropelando tudo... mas foram tantos instantes compartilhados, tantos momentos felizes, risadas, perrengues, choros, danças, angustias, amizade...
Essa sim que me pulsou a escrever hoje, para dizer as minhas amigas da "terra do nunca" a tamanha falta que elas me fazem todos os dias. Distância e tempo se tornam tao ínfimos e "bobos" quando recorro a memória e revivo cada momento de novo. Ahhh e como é bom reviver!!! né?

Amigas achei na net esta musica que traduz tao bem este sentimento por vocês!
Beijos e abraços a todas :-)

domingo, 4 de julho de 2010

¿Qué te pasa, estás nervioso?

Tenho que confessar que não estava torcendo para a Argentina ganhar ontem, mesmo achando que eles tinham muitas chances de ganhar esse jogo.O que nunca imaginei é que eles iriam perder de 4 pra Alemanha.
Hoje, olhando comentários na internet, nao pude deixar de rir com alguns deles, postados via twitter, e que respondiam a provocação de alguns argentinos devido a eliminação do Brasil pela Holanda: 
"Perder é humano. De 4 é hermano! Que pasha Argentina tas nervioso?"
"Tomar de 4... que cosa triste... és mucho golo, que cosa triste... no tiene time, que cosa tristeeee.. Pasha Argentina Tas Nervioso?"
"Brasil DESCLASSIFICADO e os Argentinos HUMILHADOS! Que te pasha Argentina tas nervioso?"
"Banda preferida do Maradona é 'Loser manos' - Que te Pasha Argentina Tas Nervioso?"
"Mata-mata é assim: quem perde primeiro ri por último. Que te Pasha Argentina Tas Nervioso?"


Brincadeiras e irônias a parte, mesmo não torcendo para eles, acho que fizeram uma bela copa ;-) 

Beijos



sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago

O mundo ficou mais cinzento hoje (não consigo fugir do clichê), com a sua morte. Aprendi a amá-lo nas aulas de literatura de Mme Besse. Seus textos, no icio, eram pra mim incompreensão, um obstáculo a transpor. Depois? depois tornou-se só inspiração e prazer. E é com este mesmo prazer que vou continuar lendo, sem me cansar de ler, as linhas desafiadoras e irônicas desse grande escritor contemporâneo.


Deixo com vocês um trecho do discurso proferido por Saramago, por 
ocasião do recebimento do prêmio nobel de literatura em 1998:


"Ao pintar os meus pais e os meus avós com tintas de literatura, transformando-os, de simples pessoas de carne e osso que haviam sido, em personagens novamente e de outro modo construtoras da minha vida, estava, sem o perceber, a traçar o caminho por onde as personagens que viesse a inventar, as outras, as efectivamente literárias, iriam fabricar e trazer-me os materiais e as ferramentas que, finalmente, no bom e no menos bom, no bastante e no insuficiente, no ganho e no perdido, naquilo que é defeito mas também naquilo que é excesso, acabariam por fazer de mim a pessoa em que hoje me reconheço: criador dessas personagens, mas, ao mesmo tempo, criatura delas. Em certo sentido poder-se-á mesmo dizer que, letra a letra, palavra a palavra, página a página, livro a livro, tenho vindo, sucessivamente, a implantar no homem que fui as personagens que criei. Creio que, sem elas, não seria a pessoa que hoje sou, sem elas talvez a minha vida não tivesse logrado ser mais do que um esboço impreciso, uma promessa como tantas outras que de promessa não conseguiram passar, a existência de alguém que talvez pudesse ter sido e afinal não tinha chegado a ser."


José Saramago

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Uma visita à Loire

A região da « Loire » na França é conhecida por seus suntuosos castelos, ricos em história e com uma arquitetura de tirar o fôlego de qualquer um. Fizemos uma visita recentemente, e fiquei impressionada nao só pelos castelos em si mas pela região, tao linda e charmosa, que conserva ainda hoje, « ares » da idade média.
O castelo de Chenonceau foi meu preferido, pois a história que habita dentro daqueles muros passa por diversas gerações, chegando até a ser usado como enfermaria durante a primeira guerra mundial, escapando de raspão de um canhão que atingiu a galeria na mesma época.
Chenonceau é conhecido também como o "castelo das damas", esse nome graças às mulheres que  habitaram e que ajudam a construir sua reputação. Catérine de Medicis e Diane de Poitiers sao duas personagens que marcaram este lugar.
Logo na entrada do castelo já vemos os dois jardins, do lado direito da rainha Cathérine de Médicis e do esquerdo de Diane de Poitiers. Cathérine era a esposa do rei Henri II, mas a sua preferida era Diane de Poitiers, e foi à ela que ele ofereceu Chenonceau. Infelizmente após a morte do rei, Cathérine exige de volta Chenonceaux e oferece em troca à Diane o castelo de Chaumont
Lá dentro temos a impressão de estar caminhando em algum lugar « vivo », cada espaço, cada cômodo lembram as pessoas que fizeram parte destes 400 anos de história. O quarto de Louise de Lorraine por exemplo, é todo negro, simbolizando o luto pela morte do seu marido, o rei Henri III, filho de Cathérine de Médicis.
Em outro cômodo se encontra a foto de Mme Dupin, uma das proprietárias do castelo, que costumava receber convidados ilustres como Voltaire e Rousseau, este inclusive chega a se "apaixonar" por ela. Pra quem leu « Les confessions » de Rousseau sabe que ele chega a expressar até em sua obra a grande admiração que tinha por ela.
Pra quem gosta de história, literatura e cultura e ainda nao cansou de se admirar com a beleza de jardins "à la française" nao pode perder uma visita ao castelo de Chenonceau.

Olha a pub ai minha gente!!! :-) 

quarta-feira, 19 de maio de 2010

"Tu" ou "Vous"?

Se tem uma coisa que me confunde na língua francesa é a utilização do pronome de tratamento "Tu" e "Vous", pois aqui saber usar esse pronome é regra geral de boa convivência, e sobretudo, de boa educação.
Na verdade, quando cheguei aqui ja notei a diferença do Brasil; nem todo mundo é camarada, nem todo mundo é amigo, nem todo mundo é íntimo, logo, aqui, temos que saber diferenciar o "tutoyer"(Tu) e o "vouvoyer"(Vós).
Mas "ce n'est pas gagné", parece fácil falando assim mas não é não.
No começo eu tratava a todos por "tu", como no Brasil, mas percebia que algumas pessoas não gostavam e me olhavam "de canto de olho". Depois de passar por vários micos, finalmente entendi e comecei a tentar diferenciar os dois, assim, passei a "vouvoyer" as pessoas que não conhecia muito bem, o problema é que também não dava certo (pelo menos não totalmente), pois muitos me falavam: Ah, on peut se tutoyer, pas de problème!  
Aí minha cabeça virou um nó só, não sabia mais o que deveria usar, pois ao mesmo tempo que você quer ser educado, não quer ser careta, né?
Se eu pudesse trazer uma coisa do Brasil para a França (entre muitas coisas) seria essa camaradagem brasileira, essa falta de formalidade, que finalmente, é uma qualidade. Alors, on se tutoie???

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Beaubourg e suas singularidades!

As vantagens de estudar em Beaubourg são muitas, é por isso que vou lá todos os dias, tirando os dias de preguiça extrema claro! Gosto de ir lá porque é uma das unicas bibliotecas em Paris que fica aberta até as 22 horas, e isso é importante para pessoas desesperadas com o mémoire como eu e que não conseguem estudar em casa. Uma boa dose de riso é também outro fator importante...hehe
Gente eu vejo cada coisa estranha naquela biblioteca, que a medida que o tempo passa acho que não estou mais me sensibilizando com as maluquices do pessoal de lá... e olha que não é pouca coisa não!
Ontem vi uma menina digitando um trabalho numa tela minúscula, acho que de uns 15 centímetros!!! nunca vi nada igual, a pobre só faltava enfiar a cabeça na tela para enxergar o que escrevia. Bom, também pode ser que ela tenha uma boa visão... pensei, sorte dela! 
Outra coisa estranha, é um cara que vai lá toda semana vestido com uma túnica preta, uma cartola na cabeça, uma bengala e um "bigodinho" desenhado no rosto...é mole? a primeira vez que o vi, achei que ele ia à um baile a fantasia, tinha achado engraçado mas nao liguei muito, mas eis que agora encontro o dito cujo todos os dias na cafeteria, com a mesma vestimenta e o mesmo "bigodinho" bizarro...e ainda com um ar de nobre! Attention! 
Apesar de certas coisas estranhas gosto de estudar lá, com a vantagem de poder conviver com todo o tipo de gente, de todas as classes sociais, de tantas ideologias e visões diferentes.
Vai aí uma boa dica pra quem quer estudar e rir "de temps en temps" :-)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um domingo em Giverny

Neste domingo fomos conhecer a casa e o jardim de Claude Monet. Confesso que fiquei impressionada com a beleza daquele lugar... Logo que você entra na cidade ja percebe a sua singularidade. As casas tem todo um charme incomum, os jardins delas parecem terem saido de algum filme, as ruazinhas estreitas denotavam acolhimento, e as paisagens magníficas acompanhada de um sol maravilhoso tornou nosso passeio ainda mais especial.
Compramos os bilhetes e entramos, achei que fosse encontrar um jardim como qualquer outro aqui da França, visto que ja visitei vários e achei que este seria parecido, ou no mesmo gênero, no entanto, foi diferente.




Os jardins estavam cheios de lindas flores, de vários tipos, cores e aromas, que juntos se transformavam em um perfume agradável de começo de primavera. Na casa de Monet, vimos muitos objetos que pertenciam à ele, os quadros mais famosos (nao originais), fotos dele (quase sempre com um charuto na boca) e no andar de cima da casa temos a visao panorâmica do jardim:



Cada paisagem me lembrava um quadro, e acho que foi isso que mais adorei, ser transportada para outro mundo, o mundo impressionista de Claude Monet. 

Uma escala obrigatória, sem dúvida, e mais uma pra minha lista de preferidas.




sexta-feira, 16 de abril de 2010

Elle s'appelai Sara...


"Elle s'appelait Sara", e seu titulo em português "A Chave de Sarah", é a história emocionante de uma garotinha judia vítima do holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. No verão de 1942, Sara e sua família são acordados por fortes batidas na porta, é a policia francesa, que vêm buscá-los para levá-los ao « vélodrome d’Hiver » (velódromo de Inverno), onde ficarão algum tempo em condições sanitárias difíceis, sem alimentação, e desumanizados de toda dignidade humana. Muitas dessas famílias serão depois levadas à Auschwitz e mortas em câmeras de gás.
Sara tem apenas dez anos na época, e, antes de acompanhar os policiais, esconde seu irmão de quatro anos num armário e promete voltar para buscá-lo. O que veremos depois é a saga de uma criança, que se torna em um curto espaço de tempo numa mulher, tentando fugir do campo de concentração, para voltar ao apartamento e tirar seu irmão do armário.
"Elle s’appelait Sara" é um livro emocionante, cheio de história, de esperanças e desilusões, sofrimento e generosidade. Este é um livro que aviva nossa memória e nos faz lembrar o calvário que viveram milhares de famílias judias durante a Segunda Guerra. Sobretudo, este livro nos faz repensar a história e enxergar alguns pontos obscuros que tanto a escola como a sociedade insistem em deixar um pouco "adormecidos".
A um momento da narração temos a impressão de estar com ela, naquele verão de 1942, no "Vélodrome d’Hiver". 

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Começando...


Bom, como tudo sempre tem um começo, eu não poderia deixar de começar meu blog que há tempos já estava materializado na minha cabeça, mas sempre faltava uma coisa: iniciá-lo.
Confesso que sempre tive a vontade de fazer um blog, mas nunca tive a "coragem" de escrever tudo o que sentia e pensava, e agora, "tout d'un coup" sinto esse desejo, porquê? não sei explicar exatamente, mas tenho uma idéia: logo logo, ainda este mês completo 27 aninhos, e talvez com a idade perto de ganhar ou perder (como quiserem) mais um ano, senti a necessidade de mudar, de colocar as coisas pra fora, de dizer o que eu penso, contrastar idéias, falar um pouco da experiência de morar fora do meu "Brasil brasileiro" já há três anos. Três anos estes em que vivi altos e baixos, tive momentos tristes em que pensava o que tinha vindo fazer aqui, e outros em que a vida mostrava sua magia e me trazia surpresas maravilhosas, que continuo a viver até hoje e as quais agradeço e irei agradecer eternamente. Gostaria de compartilhar com vocês um pouco da aventura que vivo aqui todos os dias, dar dicas que considero importantes, lugares a visitar ou mesmo falar de tudo e nada ao mesmo tempo: também acho que isso é importante nao? 
Donc, à bientôt les amis!